Uma bica curta para fazer contas sff!

Intrigaram homens solenes, fadistas, solistas e homens probos, matemáticos, físicos e músicos, que desconheciam o processo emblemático e quase místico físico-químico da osmose que reitera simplificadamente que quanto maior a concentração num líquido maior é a difusão, ora então é por um processo similar que quando uma bica é curta dá mais energia e mais pica, sendo que esta tem menos café, e tem menos cafeína, mas já os excelsos dos gregos exigiam diversas comprovações e postulados matemáticos para o que o empirismo contemplava, a razão a saciar os ímpetos dos sentidos.

Numa bica curta, passa menos água pelo filtro, ou seja quando o empregado lusitano dos cafés mundanos e lisboneses cerra as mãos no punho e o coloca na bica e pressiona o divino botão, logo de seguida o suco aquoso proveniente da empresa lisbonesa de fornecimento de água é escaldado, é aquecido a temperaturas escaldantes e ferventes percorrendo o filtro que se encontra no punho que o empregado cioso cerra com a mão direita.

Numa bica curta, passa menos água, mas a taxa instantânea de doseamento de cafeína para a chávena e para a água por certo obedecem a uma função exponencialmente decrescente, ou seja meus caros, no instante imediatamente seguinte ao pressionar no botão da máquina é debitada na água altas doses de cafeína, enquanto que passados alguns segundos, talvez quinze, a quantidade de café a juntar à água é muito menor.

Isto traduz-se numa equação exponencialmente decrescente, que tem um certo declive e um valor inicial, que nos dá a quantidade de café que é colocado na água em gramas por segundo, ou seja é uma taxa instantânea de débito de café na água e será algo como:


O gráfico desta equação é conhecido pelos matemáticos mesmo antes de Neper ter conjurado sobre o famoso número e será algo como:


Neste caso a constante inicial Tc0 é 1 e a constante do declive L também é 1.

Ora a água que penetra no filtro e trespassa o café tem uma taxa constante na saída da bica, na saída da boca da torneira, e essa taxa constante é dado pelo gráfico cuja linha traça uma recta horizontal e cuja equação foi a primeira elaborada pelos homens, que será algo como, em mililitros por segundo:



Ora, como aferir então a concentração do café na água? Será necessário calcular a quantidade de café que foi debitada a partir do integral da equação de cima e na de baixo na quantidade de água, como é uma constante bastará multiplicar pelo tempo em segundos. Ou seja, a concentração de café ou cafeína numa bica, será a quantidade de café que existe nessa chávena em gramas a dividir pela quantidade de água que a chávena contém em mililitros que será então:



Este é o gráfico da concentração da bica na chávena em g/ml ao fim de t segundos. Neste gráfico, a fracção Tc0/Ta é igual a 1 e a constante L é também igual a 1.

A concentração no instante inicial é máxima, e vai decrescendo com o tempo, ora deve existir um instante, ou seja um ponto em t, onde o efeito estimulante no corpo humano é máximo. No princípio, mesmo apesar de a concentração ser muito alta, não temos café suficiente para surtir qualquer efeito considerável, mas a partir de um certo instante, mesmo apesar de haver mais cafeína na chávena, como a concentração vai diminuindo, por efeitos de osmose não haverão efeitos tão estimulantes no corpo humano. Esse ponto estará algures por certo no instante t, cuja concentração seja superior a 80% da concentração inicial máxima.

Venha uma bica curta sff para me ajudar a fazer contas!
Obrigado e até amanhã!